terça-feira, 25 de março de 2014

Filosofia do sucesso

Filosofia do Sucesso

Napoleon Hill

Se você pensa que é um derrotado,
você será derrotado.
Se não pensar “quero a qualquer custo!”
Não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer,
mas pensa que não vai conseguir,
a vitória não sorrirá para você.

Se você fizer as coisas pela metade,
você será fracassado.
Nós descobrimos neste mundo
que o sucesso começa pela intenção da gente
e tudo se determina pelo nosso espírito.

Se você pensa que é um malogrado,
você se torna como tal.
Se almeja atingir uma posição mais elevada,
deve, antes de obter a vitória,
dotar-se da convicção de que
conseguirá infalivelmente.

A luta pela vida nem sempre é vantajosa
aos fortes nem aos espertos.
Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória
é aquele que crê plenamente
Eu conseguirei!

Este texto eu fui obrigada a decorar, depois de adulta e debaixo de muito estresse. Mas, valeu. 

domingo, 23 de março de 2014

Grande Cantata da Ressurreição

Para comemorar a felicidade da volta do blog e a proximidade da páscoa, mais uma das grandes que eu decorei e que também representei como jogral na minha época de adolescente e jovem.

Grande Cantata da Ressurreição

Gioia Junior

Céu de olhar parado,
céu de olhar pisado,
Ele dorme -- o sepulcro é uma senda apagada --
labirinto de treva, afastamento e nada.
Ele dorme . . .
do seu profundo sono uma flor de cristal
há de pender na imensa noite,
há de cair do fundo oceano,
há de brilhar,
há de cantar,
há de sorrir,
há de resplandecer do ocaso sepulcral.

Há trevas . . .
e as trevas são meninas
desamparadas . . .
as trevas rolam como torrentes,
dos vãos, das furnas, das tempestades,
das faces nuas dos sons ausentes,
das impiedades.

Vai aos poucos o dia aparecendo e a mancha
da noite, que era densa, agora se desmancha:
correm as nuvens,
o céu é claro,
cântico verde,
voz imatura
sobe do seio da terra vasta,
já não se arrasta,
desce, deslisa,
voa na brisa
como um regato por entre os seixos . . 
.
Do firmamento descem os anjos,
anjos alados -- brancas figuras,
rostos felizes,
transfigurados,
rostos etéreos,
sem os mistérios,
sem as raízes
e cicatrizes
de mil pecados . . .
Descem os anjos,
descem e tangem celestes harpas
não as humanas harpas de cordas
desfiguradas, vibrando no ar,
mas, cordas de ouro,
cordas de raios
da luz difusa,
crepuscular . . .
Descem os anjos
cantando hosanas,
voltam as trevas
para as origens
do fundo mar . . .
anjos unidos cantam em coro
e há mil tesouros
de luz e aroma
nas profundezas
desse cantar. . .

A pedra é revolvida do sepulcro,
a pedra negra é revolvida,
é revolvida a pedra tumular . . .
e o pulmão da caverna
haurindo a brisa suavíssima,
sorve o aroma das rosas namoradas
que amam e inundam desse amor sem termo
as torrentes do ar . . .

Como um punhal
a luz penetra a rocha
e banha as frestas múltiplas,
acaricia o teto e a profundeza
numa carícia quase musical . . .

Ei-lo que surge agora
das cadeias liberto
e liberto da treva
e liberto do sono
e liberto do pó . . .
Ei-lo, de pé, sobre a campina imensa,
imóvel, transmudado, calmo e só.

Cantai, montanhas
e flores de ouro !
cantai num coro
jamais ouvido !
Anjos e pedras,
cantai agora,
chorai, também !
Cantai cidade
da eternidade,
sempre lembrada
Jerusalém . . .

Cantai que o Salvador venceu a morte,
ressuscitou agora, ei-lo, banhado em luz,
já não há mais a angústia do transporte
e a vergonha da cruz . . .
Olhai o rosto de Jesus !
olhai as vestes de Jesus !
olhai a glória de Jesus !

Não O toqueis !
as suas vestes claras sobrepujam
as riquíssimas túnicas dos reis,
os soberanos mantos sem costura . . .


Não O toqueis !
a sua capa majestosa e pura
é tecida de raios de luar . . .

Eis na caverna escura os manchados lençóis
que cobriram seu corpo machucado,
o seu vestido foi urdido e foi bordado
com as luzes filtradas de mil sóis . . .
Ressuscitou !
Ei-lo que marcha num corcel de nuvens
e as vozes longínquas dos salvos na glória,
e as vozes da noite, das luzes, do céu,
proclamam a nova num cântico excelso !

Venceu as cadeias do sono da morte,
venceu as procelas do tempo e do espaço,
venceu, qual semente que rompe robusta
cortando os liames do negro aranhol,
surgindo banhada de vida e de alento,
bebendo as delícias dos raios do sol . . .
Venceu o passado, venceu o futuro,
venceu a maldade, venceu a traição,
as vestes da morte repousam no chão . . .

Cantai agora, vozes perdidas,
cantai poemas ao Rei da Glória,
pela Esperança, pela Vitória,
pela Certeza que nos legou . . .
De outra façanha que tanto valha
não há vestígio, não há memória.
Ei-lo vestido de nuvens brancas,
de astros e luzes, sons de vitória . . .
O Rei da Glória Ressuscitou !
cantai hosanas ao Rei da Glória !
O REI DA GLÓRIA RESSUSCITOU !

Estou feliz

Felicidade!

Meu blog voltou. Tinha sido excluído e agora está de volta. Feliz! Feliz! Feliz!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Mãezinha

Minha mãezinha é a pessoa
que a mim, na terra, mais ama.
A noite, risonha e boa,
vem ver-me na minha cama,

cobre-me bem, faz-me festa.
Se rio, indaga: - "Que foi?"
Por fim, me beija na testa,
dizendo: - "Deus te abençoe."

Durmo. E enquanto estou dormindo,
de sonhos tudo se estrela.
Mas o meu sonho mais lindo
é quando sonho com ela.

Lembrei-me desta poesia hoje. Mas, não encontrei informação sobre o autor e eu não lembro.

Hoje, dia 05/01/2015, minha mãe está completando 90 anos. Por quase 67 anos eu tenho convivido com esta pessoa que tem um alto astral e que só vê as coisas boas da vida. Ao perguntarmos sobre um versículo para marcar este dia a resposta veio logo: Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nêle. Salmo 118:24. Quando eu era criança ela me incentivou a ler e uma das maneiras era me ajudando a decorar poesias. E esta foi uma delas. Agradeço a Deus a capacidade que Êle deu a minha mãe para desenvolver nos filhos, pobres, moradores do morro, o gosto pela leitura, pelo estudo e pelo cumprimento do dever para com Êle e para com o próximo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A orgulhosa


Minha tia Iasinha declamando trechos da poesia "a orgulhosa". Memória funcionando aos 98 anos, quase 99 (dia 31/01/2014)
 
 


Trasíbulo Ferraz Moreira

1
Num baile.
Ainda há pouco pedi-te,
Pedi-te para valsar...
Disseste - és pobre és plebeu;
Não me quiseste aceitar!
No entretanto ignoras
Que aquele a quem tanto adoras,
Que te conquista e seduz,
Embora seja da "nata",
É plena figura chata,
É fósforo que não dá luz!

2
Deixa-te disso, criança,
Deixa de orgulho, sossega,
Olha que o mundo é um oceano
Por onde o acaso navega.
Hoje, ostentas nas salas
As tuas pomposas galas,
Os teus brasões de rainha;
Amanhã, talvez, quem sabe?
Esse teu orgulho se acabe,
Seja-te a sorte mesquinha.

3
Deixa-te disso, olha bem!
A sorte dá, nega e tira;
Sangue azul, avós fidalgos,
Já neste século é mentira.
Todos nós somos iguais;
Os grandes, os imortais;
Foram plebeus como eu sou.
Ouve mais esta lição:
Grande foi Napoleão,
Grande foi Victor Hugo.

4
Que serve nobre família,
Linhagem pura de avós?
Se o sangue dos reis é o mesmo,
O mesmo que corre em nós!
O que é belo e sempre novo
É ver-se um filho do povo
Saber lutar e subir,
De braços dados com a glória,
Para o Pantheon da História,
Para conquista do porvir.
  
5
De nada vale o que tens
Que não me podes comprar;
Ainda que possuísses
Todas as pérolas do mar!
És fidalga? - Sou poeta!
Tens dinheiro? - Eu a completa
Riqueza no coração;
Não troco uma estrofe minha
Por um colar de rainha
Nem por troféus de latão.

6
Agora sim, já é tempo
De te dizer quem sou eu,
Um moço de vinte anos
Que se orgulha em ser plebeu,
Um lutador que não cansa,
Que ainda tem esperança
De ser mais do que hoje é,
Lutando pelo direito,
Para esmagar o preconceito
Da fidalguia sem fé!

7
Por isso quando me falas,
Com esse desdém e altivez,
Rio-me tanto de ti,
Chego a chorar muita vez.
Chorar sim, porque calculo,
Nada pode haver mais nulo,
Mais degradante e sem sal
Do que uma mulher presumida,
Tola, vaidosa, atrevida.
Soberba, inculta e banal.

A velhice

Olavo Bilac

O neto:
Vovó, por que não tem dentes?
Por que anda rezando só.
E treme, como os doentes
Quando têm febre, vovó?
Por que é branco o seu cabelo?
Por que se apóia a um bordão?
Vovó, porque, como o gelo,
É tão fria a sua mão?
Por que é tão triste o seu rosto?
Tão trêmula a sua voz?
Vovó, qual é seu desgosto?
Por que não ri como nós?
 
A Avó:
Meu neto, que és meu encanto,
Tu acabas de nascer...
E eu, tenho vivido tanto
Que estou farta de viver!
Os anos, que vão passando,
Vão nos matando sem dó:
Só tu consegues, falando,
Dar-me alegria, tu só!
O teu sorriso, criança,
Cai sobre os martírios meus,
Como um clarão de esperança,
Como uma benção de Deus!
 
 
 
Poesia recitada por tia Iasinha hoje dia 17/01/2014. Minha tia tem 98 anos e vai fazer 99 no dia 31 deste mês. A memória está intacta. É uma benção de Deus.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Agora

Myrtes Matias

SE QUERES DAR-ME UMA FLOR,
DÁ-ME ANTES QUE EU MORRA...
SE QUERES FAZER HOJE O MILAGRE DE UM SORRISO
NUM ROSTO QUE CHORA, NÃO COLOQUES FLORES SOBRE TUMBAS...
SE QUERES DAR-ME UMA FLOR, FAZE-O AGORA.

SE PODES DAR UM LAR AO ORFÃOZINHO
ABRIGO AO POBRE QUE GEME LÁ FORA,
NÃO ENCOLHAS A MÃO, DEUS ESTÁ VENDO...
SE PODES DAR-ME UMA FLOR, FAZE-O AGORA !

SE CONHECES O ETERNO CAMINHO QUE LEVA AO TEMPLO
ONDE A ALEGRIA MORA...NÃO GUARDES, EGOÍSTA,
O TEU SEGREDO...SE PODES DAR-ME UMA FLOR, FAZE-O AGORA!

SE PODES DIZER-ME UMA FRASE LINDA,
ALGO QUE FAÇA A TRISTEZA IR EMBORA,
DIZE-A ENQUANTO POSSO AGRADECER SORRINDO...
SE QUERES DAR-ME UMA FLOR, FAZE-O AGORA.

O QUE FAREI DAS ORAÇÕES, DAS FLORES,
QUANDO DO MUNDO EU JÁ NÃO FOR ?
AOS PÉS DE DEUS, EU AS TEREI TÃO LINDAS
QUE NÃO PRECISAREI DO TEU AMOR..

NÃO ESPERES O INSTANTE DA PARTIDA,
SE PODES ME FAZER FELIZ, FAZE-O AGORA.
PARA QUE CHORAR DE REMORSO E DE SAUDADE ?

CUSTA TÃO POUCO A FELICIDADE...
DÁ-ME UMA FLOR, ANTES QUE EU VÁ EMBORA !!!